domingo, 12 de setembro de 2010

Esperança

Ela tinha os olhos cheios de lágrimas, simplesmente não sabia mais como lidar com a situação.
Não conseguia mais acreditar nele, não conseguia mais aceitar aquelas palavras sem ter algo físico para provar que eram verdade.
Ela se agarrava a ultima centelha de esperança, não agüentava mais persistir em alguém que não dava a ela a segurança que antes ela tinha.
Sempre que pensava racionalmente se dava conta que aquilo não era algo pelo que ela precisava ou devesse passar. Mas seu coração gritava mais alto então, talvez ela conseguisse, mas não queria se afastar dele. E hoje, ele parecia ser uma necessidade; uma droga, que era tão prazerosa enquanto surtia efeito mas que gerava crises insuportáveis de abstinência com a distância.
Sua cabeça era regida por dúvidas, ela não sabia em que podia acreditar, ela não sabia se a pessoa que ela acreditava conhecer era a mesma quando se desligava dela. Ela não sabia se o que ele dizia eram palavras vãs ou se eram sentimentos iguais aos dela.
Ela se culpava por ter se apaixonado por ele. Ela sempre fora uma mulher racional, que pesava todas as conseqüências antes de agir. Mas ele entrara em sua vida de uma forma que ela não esperava, e quando se deu conta, ela se viu apaixonada.
Agora parecia irreversível, e a única solução que ela enxergava era esperar. Esperar por ele. Esperar que ele estivesse também apaixonado por ela. Esperar que ele quisesse tornar aquilo uma historia de amor. Esperar que tudo fosse verdade.
Ela iludia a si mesma imaginando que ele pensava nela, ela iludia a si mesma pensando que um dia eles ficariam juntos, ela torturava a si mesma insistindo em pensar em todas essas duvidas. Mas no fundo ela sabia que eles não acabariam juntos.
A historia deles era extraordinária demais para ela acreditar que acabaria bem, ela aprendera que contos de fadas não existiam; e não seria diferente com ela.
Mas, por mais que ela soubesse que o fim daquela historia a faria derramar mais milhares de lagrimas, ela não podia deixar de insistir nele, porque aquela centelha de esperança ainda brilhava, e ela não queria se afastar do homem que fazia a ela tão bem, que fazia nascer novamente algo que ela julgava estar morto há muito tempo dentro de seu peito; o calor que a paixão exalava, aquele que aquecia seu corpo e acelerava os batimentos. Aquele calor que fazia com que ela lutasse até a ultima gota para que desse certo.

"Esperança, ao contrario do que muitos pensam, não vem do verbo esperar, mas sim do verbo esperançar"

" A hora mais sombria é sempre a que precede o amanhecer"
 
@CamiLikesJam

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